O meme de internet como recurso pedagógico na sala de aula
um gênero que vai muito além do entretenimento
Resumo
Diante da real necessidade de se aprimorar a prática pedagógica e, principalmente, de (re)pensar determinadas metodologias de ensino, torna-se indiscutível inserir na sala as novas tecnologias na sala de aula. É de suma importância trazer os gêneros que circulam na esfera digital como, por exemplo, os memes de internet. Em relação à discursividade do gênero e suas contribuições para o processo de ensino-aprendizagem, por meio das fortes críticas social, política e cultural, o presente artigo tem como referências as teorias de Bakthin (2011), Escalante (2016) e Guerreiro e Soares (2016). Como forma de exemplificar o trabalho com o gênero digital na sala de aula, em busca de conduzir os alunos à criticidade e, ao mesmo tempo, à reflexão sobre temáticas cotidianas, são apresentados dois memes retirados das redes sociais: o primeiro foi utilizado com o intuito de levar os educandos a criticar as altas taxas cobradas pelas prestadoras de serviços básicos que, na maioria das vezes, acabam não atendendo às necessidades dos consumidores; o segundo aborda aspectos sobre a Black Friday, contribuindo para que os discentes, em relação à temática, possam desenvolver os sensos crítico e reflexivo acerca do evento e suas consequências para o consumismo. O trabalho com memes permite ao professor condições de trazer à sala de aula assuntos de quaisquer naturezas e, com isso, desenvolver habilidades importantes para a formação de cidadania.
Referências
ESCALANTE, Pollyana Rodrigues Pessoa. O potencial comunicativo dos memes: formas de letramento na rede digital, 2015. (Dissertação), Mestrado em Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Comunicação Social. Disponível em: < http://www.ppgcom.uerj.br/wp-content/uploads/Disserta%C3%A7%C3%A3o- ollyana-Escalante.pdf>. Acesso em 23 de março 2023.
GUERREIRO, Anderson; SOARES, Neiva Maria Machado. Os memes vão além do humor: uma leitura multimodal para a construção de sentidos. Texto Digital, Santa Catarina, v. 12, n. 2, p.185-205, 20 dez. 2016. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Disponível em:
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